Está silencioso, e desde que você se foi, isto não é mais algo que me conforta. O silêncio é a ausência de sua gargalhada espalhafatosa e contagiante, de sua mania de cantarolar um hit das rádios ou falar os bordões que tanto que irritam. O silêncio é o dia avisando que você não está aqui, que você não vem. Ele diz que você não vai ligar, pois o toque do telefone não acontece. E, não adianta esperar, não irá tocar. Está tudo quieto e eu estou a flor da pele, como um animal com medo, que escuta todo e qualquer ruído devido à adrenalina, procurando seus sinais. Mas o silêncio destaca os batimentos do meu coração e meus pensamentos. Eles são fortes, me atraem. Foca minha atenção para alguém que já não conhecia, uma velha amiga. Relembro velhos momentos, piadas que só nós duas entendemos. Minha risada toma conta do vazio que ficou e eu me encontro novamente apaixonada, encantada por quem eu menos esperava: por mim mesma.
(BEM - Texto de 18/11/2013)
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